terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

Into the Wild - Sean Penn

"Deixara de acreditar nas ciências tradicionais, desde que se sentara em frente de uma montanha e gritara morango e a montanha lhe devolvera cinquenta alperces, e ele gritara vermelho e a montanha lhe devolvera rosa rosa rosa, um rosa cada vez mais ténue.


Fora viver para a região das neves eternas. Ali ficara anos e anos a explorar aquela imensidão gelada, como o branco nos olhos."


Jorge de Sousa Braga

3 comentários:

Alien David Sousa disse...

Gostei bastante do filme, mas deixa-me que te pergunte: não te fez confusão que apenas quando já estava a morrer ele descobriu que a FELICIDADE É PARTILHA. Que sozinhos não conseguimos ser felizes como ele pensava. A mim fez-me imensa confusão. E quando ele no final escreve: FELICIDADE=PARTILHA e já está a morrer, deu-me vontade de berrar: FOD*-SE só agora chegas-te lá?!?!

O filme é muito bom...mas realmente a ideia de um homem pode ser feliz sozinho apenas rodeado pela natureza...é um mito e ele pagou com a vida.

Espero que o filme seja reconhecido nos Oscares porque tem valiosas lições, aquelas que nos são dadas por exemplo nos encontros que ele têm ao como outros seres humanos até chegar ao MAGIC BUS

kisses

sininho disse...

Cara alien! Olá!

acho que precisou de estar sozinho. De sentir que era capaz de viver só da sua emoção e natureza, para se libertar de algo que ele estava a fugir. E sentir a poesia da mesma. Acredito que teria voltado a seguir ao inverno, quando chegasse à conclusão que chegou tarde demais.

Se com aquela idade foi procurar por ele, imagino o que seria aquele homem hoje maduro. O que partilharia. Continuaria a dizer "se quiseres algo da vida vai em busca"? Acho que sim. Tenho a certeza que sim.

Quando chegou o final, não fiquei chocada. Fiquei triste e ao mesmo feliz, porque a história dele perdurou e faz-nos estar aqui a discuti-la.
Acho que desde o início do filme esperava que aquela personagem de alma bonita acabasse assim.

Quanto à realização, excelente. Revelação. Senti-me no meio das ondas a mergulhar com ele, senti o céu, a força e violência dos rápidos e quase o cheiro do alasca.


Turras

Anónimo disse...

Gosto de vos ver comentar um filme que ambas me recomendaram... Lol quanto ao filme, já sabem que adorei, mas adorei mesmo. É engraçado que tem tudo a ver com a fase que ando a passar e durante o filme dei comigo a pensar várias vezes: poder crer, é mesmo isso... A realização está fantástica e se já gostava do Sean Penn, passei a adorá-lo. Infelizmento não está nomeado para o óscar de melhor realizador, mas as estatuetas já nos habituaram a essas injustiças. Beijos!